Bichinho de pelĂșcia

 

Eu quero que vocĂȘ fique ate eu morrer, quero que esteja carregando meu caixĂŁo, quero que eu esteja nos seus pensamentos, quero que esteja lĂĄ quando o brilho dos meus olhos se forem, quero que se importe, mas nĂŁo ter de dizer o que vocĂȘ tem que fazer.

Por que sempre foi vocĂȘ… Ă© constrangedor a dor que me fez, vocĂȘ Ă© a contradição que norteia minha vida, nĂŁo concordo com o que fez e discordo com o que deixou de fazer. As vezes olhando pro alaranjado das telhas ou pros espelhos eu me pergunto aonde isso me levarĂĄ, onde estou me perdendo, nas noites longas ou nos braços que me rodeiam. 

É triste e ao mesmo tempo calmaria, aquelas duas horas perdidas por que vocĂȘ me reconheceu na multidĂŁo, me resgatou daquela vida sombria e sem esperança e ao mesmo me feriu para que mais uma vez eu renascesse pra vida, ensinou a me amar para entĂŁo amĂĄ-lo e de repente me amar, significou deixar de te amar. Num repique eu cantei fora do seu tom e hoje serĂĄ preciso ser desconhecido para que a ferida desatine?

Como um bicho de pelĂșcia no canto eu me recuso a te jogar fora, eu faço castelos de areia e vocĂȘ destrĂłi, como retratos antigos marcam lembranças eu os deixo numa caixa debaixo da cama longe dos olhares curiosos, mas perto da mente e do meu coração.

Foi perto do salgado do mar que as vozes ficaram baixas e os sentimentos falaram alto, no luar que revelou segundas intençÔes e desperdiçou lĂĄgrimas, no correr das avenidas iluminadas ficaram registradas piadas e combinados; vocĂȘ desistiu da sua promessa e me deixou no altar com eles que a força me fizeram abandonar meus sentimentos, imprimiram suas impressĂ”es, eu fiz o melhor que puder com as informaçÔes que tinha, eu a levei em casa todas as noites, tudo que podia fazer era abraça la para que se sentisse mais segura na mentira que vocĂȘ contou, vocĂȘ sorriu e ela te perdoou.

Sempre serĂĄ vocĂȘ… a hora marcada, o toque do celular, a segurança do coração que virou lar, a dedicatĂłria da contra capa, o meu nome em letra garrafada ou no timĂŁo naĂștico que meu amor naufragou. NĂŁo estarĂĄ na nova histĂłria, limites geogrĂĄficos e fusos serĂŁo barreiras, rios cortaram a rota e a protegeram a partir de agora, 400 quilĂŽmetros de distĂąncia. Sempre serĂĄ vocĂȘ,uma pena que nĂŁo serĂĄ mais ela...





Vanessa P. Diniz

Carrego São Luís no meu coração e transmito meus sentimentos por palavras! Seja Bem Vindo!

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